NOVO MANUAL DE PORTUGUÊS.
LINHAS ORGANIZADORAS...

Inserido em 2009-10-12  |  Adicionar Comentário

1. Pensamos que o manual deve ser estruturado em seis sequências. Além da sequência para diagnóstico de várias competências, deverão existir mais cinco centradas em diferentes géneros textuais: narrativa (3), lírica (1) e drama (1). As diferentes sequências, embora organizadas por géneros textuais, incluem grande variedade de textos não literários.

2. As sequências dedicadas ao estudo do texto narrativo deverão obedecer cada uma a temas específicos do interesse dos alunos de 7.º ano – e que lhes permitirão situar-se frequente e criticamente em relação ao seu mundo, através de textos «desafiadores» (Programa de Português do Ensino Básico, p. 138). Pensamos que deverão abundar os textos não literários sobre temas como o início do ano lectivo, as aulas, a violência nas escolas, a relação com os telemóveis, a relação dos pais com a escola, a família, o papel de cada cônjuge na vida familiar, o casamento, a adopção, o divórcio, as relações entre pais e filhos adolescentes, o papel dos avós na educação dos jovens, a Internet e a criação de amizades através das redes sociais, os perigos destas redes, a relação dos pais com os filhos cibernautas, as amizades em tempo de férias, etc.

3. O manual que, como o nosso, se propõe cumprir o programa, tem de dar visibilidade a uma multiplicidade de textos não literários e não narrativos. Não queremos fazer um manual centrado praticamente só nas narrativas, sem espaço para outros textos! Tal seria a continuação de uma tradição com nefastas consequências para os alunos – desde logo por mais seis anos… Também na sequência dedicada ao texto dramático, pensamos que se devem incluir textos não literários com temas relativos aos das peças de teatro. A sequência dedicada à poesia lírica só deverá integrar, porém, poemas líricos e narrativos. Existirão também alguns poemas disseminados pelo manual, com temáticas relativas à das sequências nas quais aparecem.

4. Na abordagem das diferentes competências pensamos que deve ser privilegiado o seguinte percurso, embora com excepções: compreensão de leitura, oralidade (compreensão e expressão), escrita, conhecimento explícito da língua (CEL). Este é normalmente estudado através de um «trabalho articulado com os restantes domínios (oralidade, leitura e escrita)» – Programa de Português do Ensino Básico, p. 151.

Esta semana apresentamos a nossa posição relativamente às linhas organizadoras do manual de Português de 7.º ano.
Desde o princípio, estamos a construir um manual onde se possa rever e que se adapte às suas necessidades e às dos nossos alunos! Envie-nos os seus comentários e as suas sugestões! 


Pronuncie-se sobre a nossa proposta de organização do manual, escolhendo uma das opções ou incluindo outras sugestões.

1) Distribuição dos géneros textuais por 6 sequências didácticas, incluindo a sequência dedicada ao diagnóstico das várias competências.

–  Boa distribuição, porque contempla a diversidade de textos de forma equilibrada, conforme o programa preceitua.
–  Razoável distribuição, uma vez que três sequências são insuficientes para o estudo diversificado do texto narrativo.


2) Selecção de temas motivadores, de acordo com o perfil dos alunos do 7.º ano, e considerando um período de vigência de 6 anos.

– Excelente. Os temas escolhidos ajustam-se ao perfil e aos interesses do actual aluno de 7.º ano.
– Razoável. Os temas escolhidos dirigem-se ao perfil do aluno médio. Se o objectivo é atingir a excelência, aos temas propostos deveriam acrescentar-se outros de qualidade e pendor cultural, artístico e político.
– Fraco. Os temas escolhidos favorecem o enraizamento da cultura do tecnicismo e da superficialidade cultural.

3) Abordagem das diferentes competências, privilegiando uma perspectiva de integração e articulação do CEL nos restantes domínios (oralidade, leitura e escrita).

– Excelente. Um bom manual não deverá ter outra abordagem.
– Razoável. O CEL deverá ter a sua secção própria, além dos momentos em que surge integrado.
– Fraco. A articulação das diferentes competências deverá ser um dado adquirido para o professor, pelo que não faz sentido que o manual as inclua por secções. 

Desde o princípio, estamos a construir um manual que se adapte às efectivas necessidades dos nossos alunos e no qual o professor se possa rever!

Participe, enviando-nos os seus comentários, as suas sugestões e as suas votações, usando os links «VOTAR» e «COMENTAR».

A Equipa

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Comentários (10)
(Comentário mais recente)
É, efectivamente, importante que os textos permitam captar o interesse dos alunos ao longo dos tais 6 anos, o que parece ser, à partida, uma tarefa bem complexa. Além das temáticas já propostas, creio que seria também interessante introduzir textos não literários directamente associados aos textos a abordar - a saber, uma crítica ou notícia de um jornal, o panfleto publicitário de u (...) [Comentário completo]
A colega Elisabete Barrosa colocou uma questão interessante:”como manter vivos durante seis anos temas de textos não literários? Uma solução é seleccionar temas que daqui a seis anos se manterão certamente actuais, por exemplo, o divórcio, a adopção, os perigos para os jovens das redes sociais da Internet, citando alguns dos que vêm referidos no post... Na minha opinião, a indicação (...) [Comentário completo]
O prolongamento da vigência dos manuais escolares de Língua Portuguesa, devido ao problema da introdução da nova terminologia linguística, veio demonstrar que rapidamente os textos não literários perdem a sua actualidade, logo o seu interesse. A ideia de inserir no novo manual textos motivadores sobre temas de interesse parece-me bastante boa, mas como vão conseguir manter "vivos", (...) [Comentário completo]
Penso que esta organização nos vai ajudar a aplicar de forma mais eficaz o novo programa. Toda esta inovação é importante e, principalmente, facilitadora para uma nova prática lectiva que vamos ter de enfrentar. O facto de encontrarmos textos adequados ao perfil e interesses dos nossos alunos também nos ajudará e permitirá, penso eu, uma nova perspectiva por parte dos discentes face (...) [Comentário completo]
Bom dia! Considero muito importante a sugestão da colega Aurora Gomes sobre a avaliação formativa, pois sinto exactamente o mesmo quando analiso os "testes de auto-avaliação" colocados no final das unidades temáticas nos diferentes manuais com que fui trabalhando ao longo dos anos lectivos. Quanto às restantes propostas de organização do manual apresentadas pela equipa parecem-me be (...) [Comentário completo]
Textos | Enviado Por: João Sorraia
O manual parece apresentar uma boa variedade de textos nas tipologias e nas temáticas. É bom que o predomínio do narrativo - tantas vezes de fraca qualidade literária - desapareça.
Um bom manual | Enviado Por: TELMO BÉRTOLO
Um bom manual deverá conter textos não literários que vão de encontro aos interesses dos alunos, mas também textos literários que sirvam de modelo para a arte de bem escrever. Mas os textos incluídos num manual não deverão ser muito longos, pois levam os alunos a não querer lê-los. Um bom manual deverá prever a abordagem das várias competências.
Se o que se pretende é inovar, com qualidade, parece pertinente incluir actividades que promovam a avaliação formativa. Ou seja, ao invés dos "velhos" testes de auto-avaliação que, por regra, se situam no final de cada unidade temática e que, embora se auto-designem "formativos", se limitam a mimetizar os testes de avaliação sumativa, seria refrescante (e um bom apoio para os profes (...) [Comentário completo]
No 5.º e no 6.º ano, os alunos já contactaram com textos narrativos, dramáticos e poéticos, mas não leram textos não literários. Assim, considero importante que o manual aborde esse tipo de texto de uma forma sistemática, de modo a que os alunos apreendam as características e a estrutura desses textos. Penso que os temas escolhidos são motivadores e vêm ao encontro dos interesses do (...) [Comentário completo]
O cumprimento do que o programa preceitua, nomeadamente no que respeita ao contacto dos alunos com conteúdos tão actuais, como os apresentados, parece-me uma boa opção. Os textos não literários captam com especial rapidez a atenção dos alunos. Além da articulação entre competências, sobressai a reflexão sobre atitudes e comportamentos. O que é desejável e faz toda a diferença na edu (...) [Comentário completo]